A primeira vez em que tive algum contato com uma aeronave, foi durante o Serviço Militar Obrigatório, um helicóptero Eurocpeter AS 322 Super Puma da Marinha do Brasil. No momento em que o avistei, bem ali na minha frente, a primeira coisa que fiz foi, esfregar o meu braço direito nele, como quem quisesse atrair um pouco daquilo pra mim. E realmente atrai!
No dia seguinte, logo ao amanhecer, fomos realizar uma instrução e adivinha o que iria nos dar suporte? É, ele mesmo.
Foi legal o friozinho na barriga, porém frustrante além da instrução ter sido pesada, não achei tanta graça no helicóptero.
O tempo passou... seis anos para ser exato e surgiu uma nova oportunidade de voar.
Em julho de 2010, já no meu atual emprego, fomos convidados a realizarmos uma visita á um dos nossos fornecedores em Minas Gerais, com passagens aéreas e hospedagem pagas.
Viajar a custo zero! Quem não Gosta!
Bom, a partir do momento em que soube que estava selecionado, para a viagem, já comecei a dormir pouco. Sabe como é, medo de voar num avião, fechado, só a janelinha! Ai meu Deus!
Na noite que antecedeu a viagem só dormi só duas horinhas. Para espantar a agonia, resolvi sair pra balada pra distrair e passar a noite mais rápido.
Eis que chega o grande dia! Pra variar acordei atrasado, perdi a carona do chefe, que sairia da empresa ás 5:30, afim de evitar atrasos para o check in pois o transito para o aeroporto e infernal nos horários de pico. Só fui encontra-lo kilômetros a diante, onde imediatamente parei num posto de gasolina, pedi para deixar minha moto e entrei no carro e seguimos a viagem, depois de muito ouvir do chefe chegamos. Friozinho na barriga, check in realizado, vôo TAM saindo do aeroporto internacional Tom Jobim destinado à Miame com escala em Confins (ou algo parecido com isso) que era o meu destino.
Bom fui lá olhando os números da poltronas e Bingo! Bem na janela, bom né? Não pra quem está com medo e sozinho. Pra me ajudar meu chefe sentou ao meu lado durante a viagem (há quem diga que fui segurando na mão dele. Se fiz nem percebi).
Sexta -feira de céu limpo e boa visibilidade, ou seja tudo pra ter uma ótima viagem, e foi! Com um serviço de bordo muito bom (não tenho experiência pra classificar), chegamos no horário previsto. Nossa já!
Perdi o medo e peguei o gosto.
O retorno foi a noite, e ao em vez de medo e apreensão por se tratar de um voo noturno. Existia dentro de mim a vontade de entrar logo na aeronave, era um coisa muito prazerosa uma mistura de curiosidade com adrenalina, sei lá e inexplicavel.
Saímos de MG com tempo bom e previsão de chuva na chegada ao RJ.
Quando aterrissamos deixei pra desembarcar por ultimo, meio que tentando levar um pouco daquilo (sensações, imagens, cheiro), tudo o que eu pudesse levar eu queria! Passei próximo a cabine que estava com a porta aberta e o comandante se despedindo. Olhei e pensei pedir pra tirar uma foto, mas pensei... Melhor deixar sá as crianças.
A verdade é que em noventa , minutos de viajem (ida e volta), eu descobri que voar e pilotar, para mim é o que quero fazer.
A profissão de piloto, é a única que ainda tem a magia, a que mexe com a imaginação de adultos e crianças, não é corrupta, e pouco desilusória, acho quase impossível encontrar um piloto que não goste da sua profissão.
E simplesmente Voar.....
A primeira foto é do super puma ea segunda sou eu na chegada em MG Feliz e assustado e a terceira é um Airbus A320
